Eu que
sempre jurei que se um homem fosse amigo de uma mulher antes de envolver com
ela, ele jamais conseguiria nada além de uma boa amizade, me vi embaraçar em
meu pensar e minhas palavras.
Conheci uma
jovem, linda, desinibida, chamava a atenção pela beleza e por ser desprovida de
timidez. Não movi meu coração por ela quando a conheci, mas com o passar do
tempo, depois de uma amizade construída e consolidada comecei a deseja-la,
mesmo crendo na insolubilidade da minha frase que depois que se torna amigo as
possibilidades se esgotam.
Ledo engano.
Mesmo tendo crido na minha teoria por tempos, resolvi arriscar pondo em risco
nossa amizade e o seu fim. Para minha surpresa, o meu desejo por ela fora banido
com a seguinte afirmativa: “Se for pra ganhar meu coração, prefiro lhe conceder
minha amizade, pois as coisas que norteiam meu coração são tão voláteis quanto
instáveis, já as minhas amizades são sempiternas”. Isso serviu para ratificar
meu pensamento.
Frustrado
eu e convicto de que havia naquele momento cometido uma grande estultice,
curvei minha cabeça e me pus a indagar porque tinha feito isso. Condenei-me, reprimi,
bati minhas mãos contra minha cabeça me nomeando com adjetivos tais como asno,
parvo, tolo, apoucados etc... Adjetivos não faltaram para o momento.
O tempo
passou e por ele num reencontro com a tal fui favoritado. Dessa vez com postura
diferente, pois, bem sabia da posição que me encontrava diante da possibilidade
zerada. Percebi que ela deixou escapar certo interesse por mim, mas tão velado
que, qualquer cidadão que se preze não se arriscaria depois de um “fora” recebido.
Pus-me uma
vez mais a arriscar e embalar nas ondas da ousadia. Ora, vi que ela estava me
dando corda, e eu, nada bobo, comecei a puxá-la em minha direção. Sabia que se
eu continuasse naquele ritmo constante conseguiria trazê-la para junto de mim,
afinal ela estava no final da corda, eu só não poderia queimar etapas como da
primeira vez.
Assim foi.
Com paciência e cautela alcancei o meu objetivo. Pude ver o seu sorriso se
perdendo no meu. O seu olhar se findando no meu. Meu eu em você. Ganhei a
batalha? Não. Ela para mim será uma conquista diária. E que conquista!
Eu que
sempre jurei que se um homem fosse amigo de uma mulher antes de envolver com
ela, ele jamais conseguiria nada além de uma boa amizade, me vi embaraçar em
meu pensar e minhas palavras. (Risos)...
(J. Bark)