sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Após a tempestade vem a abonança.


Estava a observar a chuva que molhava a terra numa tarde de quinta feira. Percebi que havia uma rolinha assentada sobre um lajeado próximo onde eu estava. Ela estava ali, como se não importasse com a chuva, calma e serena mexia nas suas plumagens com o bico como se aproveitasse o momento para uma higiene pessoal.

A chuva molhava a ave por inteira e essa não se importava. Será se ela reconhece os benefícios de mais uma das criações de Deus? É ela parecia saber da real importância da chuva no ciclo da vida. Conotava isso, pelos simples fato de ali ficar mexendo apenas a cabeça como se esperasse toda a tempestade passar para começar a colher seus frutos. Os animais parecem saber que após a tempestade sempre vem a abonança. A chuva traz a vida, aumenta o número de insetos com isso os pássaros tem uma fartura maior para se alimentarem.

Pobre de nós homens, que possamos aprender com os animais, tanto tem a nos ensinar. Ficamos irritados com a chuva porque nossa roupa não secará a tempo, ficamos enraivados porque o cabelo com chapinha não ficará tão bom num tempo chuvoso, resmungamos por não ter um carro para nos conduzir com maior facilidade são tantas as reclamações que nos esquecemos de que a água é o símbolo máximo da vida.

Não conseguimos enxergar o período pós-chuva. Somos imediatistas, o mundo moderno nos ensinou ser assim. Imaginamos que os nossos interesses são prioritários diante do ciclo da vida. Tratamos de forma trágica e egoísta ao ponto de não compreendermos que após essa tempestade a abonança virá. Assim é a nossa vida, sempre depois do caos, dos problemas o refrigério chega.

É meus leitores, se não conseguimos perceber o quão bem nos faz a água da chuva, todavia torna-se impossível percebermos o quanto é importante e necessário as tempestades em nossas vidas para que possamos gozar da bonança mais tarde.

(J. Bark)

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