Estava a
observar a chuva que molhava a terra numa tarde de quinta feira. Percebi que
havia uma rolinha assentada sobre um lajeado próximo onde eu estava. Ela estava
ali, como se não importasse com a chuva, calma e serena mexia nas suas
plumagens com o bico como se aproveitasse o momento para uma higiene pessoal.
A chuva
molhava a ave por inteira e essa não se importava. Será se ela reconhece os
benefícios de mais uma das criações de Deus? É ela parecia saber da real
importância da chuva no ciclo da vida. Conotava isso, pelos simples fato de ali
ficar mexendo apenas a cabeça como se esperasse toda a tempestade passar para
começar a colher seus frutos. Os animais parecem saber que após a tempestade
sempre vem a abonança. A chuva traz a vida, aumenta o número de insetos com
isso os pássaros tem uma fartura maior para se alimentarem.
Pobre de
nós homens, que possamos aprender com os animais, tanto tem a nos ensinar. Ficamos
irritados com a chuva porque nossa roupa não secará a tempo, ficamos enraivados
porque o cabelo com chapinha não ficará tão bom num tempo chuvoso, resmungamos
por não ter um carro para nos conduzir com maior facilidade são tantas as
reclamações que nos esquecemos de que a água é o símbolo máximo da vida.
Não
conseguimos enxergar o período pós-chuva. Somos imediatistas, o mundo moderno
nos ensinou ser assim. Imaginamos que os nossos interesses são prioritários
diante do ciclo da vida. Tratamos de forma trágica e egoísta ao ponto de não
compreendermos que após essa tempestade a abonança virá. Assim é a nossa vida,
sempre depois do caos, dos problemas o refrigério chega.
É meus
leitores, se não conseguimos perceber o quão bem nos faz a água da chuva,
todavia torna-se impossível percebermos o quanto é importante e necessário as
tempestades em nossas vidas para que possamos gozar da bonança mais tarde.
(J. Bark)
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