“Esse
cara sou eu”
Escutei noutro
dia uma música do Roberto Carolos “esse cara sou eu”, e pude ver a indignação
das mulheres dizendo que esse cara não existe. Bem, não estou escrevendo isso
pra atestar se de fato o mesmo existe ou não. Quero apenas contar uma breve
história que conheço.
Em uma das
minhas viagens pelo Brasil, conheci um homem chamado Davi. Bem humorado e
sempre sorridente ele falava da sua “gatinha” com fervor, com uma devoção sem
igual. Ele ocupava um alto escalão de uma instituição militar, bem remunerado
tinha tudo para desonrar o que lhe foi concedido por Deus, sua esposa, mas foi
fiel até o fim.
Sempre
referindo a ela (esposa) por minha gatinha, meu bem, meu amor... Fiquei a
imaginar que ele devia ter arrumado uma mulher bem mais nova que ele para
gastar toda a grana que ganhava. Quebrei a cara! O vi na igreja com a sua
“gatinha”. Ela em uma cadeira de rodas e paralisada. Foi impactante! Fiquei
pasmo! Boquiaberto! Sem palavras e com um sentimento de culpa tremendo. Eis que
acabara de conhecer a gatinha dele.
A esposa
que não se movia, não falava, não demonstrava nenhuma expressão facial ou sinal
de melhoras, que não podia corresponder todo carinho dado a ela, mas era
cuidada por aquele homem com todo amor do mundo. Não sei se ele acordava a
noite pra dizer eu te amo a ela, mas sei que a protegia e fazia de tudo para
melhorar o que necessário fosse à vida daquela mulher. Construiu uma casa nova
que mais parecia um hospital, toda adaptada pensada exclusivamente para
proporcionar uma qualidade de vida a ela.
É mulheres
por vezes os atos dizem mais que as palavras... Talvez para vocês esse “cara”
não exista, mas afirmo categoricamente que para a esposa do dele esse cara
existe e tem nome, chama-se Davi.
(J. Bark)
Linda história. Já sou fã
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